As
primeiras Bruxas da Ilha da Pintada eram benzedeiras e parteiras,
conheciam segredos de plantas medicinais e sempre foram respeitadas na
comunidade que viviam. Claro que no príncipio eram rejeitadas pela
Igreja Católica e por isso preferiam ficar nas Ilhas. Diferentes
da mitologia Européia, elas não usavam chapéu pontudo e nem voavam em
vassouras, mas preferiam pequenos barcos ou cavalgar em cavalos. Na
época em que os recursos das pessoas eram escassos, elas se destacavam,
contribuindo com a comunidade. Algumas delas podiam também fazer
simpatias e desmanchar feitiços de Bruxas más. Geralmente viúvas e
solteiras, estas curandeiras viviam em pequenos casebres às margens de
rios, numa época em que a Ilha da Pintada era ocupada apenas por
famílias de pescadores. Por serem Bruxas solitárias, o conhecimento delas sempre passou de de mãe para filha, por várias gerações.
Além da Ilha da Pintada, estas Bruxas ocupavam outras Ilhas como por
exemplo: Ilha das Flores e Ilha Grande dos Marinheiros. Nos dias de
hoje, elas são poucas e também mais discretas, passando despercebidas e
ainda são procuradas para fazer benzeduras. Por falar nisso, tem geração
de novas Bruxas na Ilha da Pintada. Por isso, não estranhe se, ao invés
de vestidos longos, elas estiverem de calça jeans.
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