quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Argila


A argila é um barro de consistência firme que, quando misturados à água, resulta numa pasta oleosa e plástica que pode ser modelada de diversas formas.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Cerâmica: Ocagem

A ocagem é uma das técnicas de construção cerâmica mais antigas. Porque evitamos as temidas bolhas de ar que podem existir no meio da massa; elas, ao se expandirem com o calor do fogo e não encontrarem uma saída podem provocar a quebra da peça. Para o corte da peça, a maior parte do ângulo deve estar na horizontal e pode se cortar a peça com um fio de nilon, pois a gravidade ajuda na fixação e para facilitar o encaixe posterior. Cortar a peça mais ou menos de 24 a 48 horas depois de pronta, dependendo do tamanho da peça e das condições climáticas. não se recomenda cortar quando ela é muito recente, pois corre o risco de deformá-la. No momento da ocagem, as paredes da peça devem ser deixadas na mesma espessura. Após terminar a ocagem, as paredes onde a peça foi cortada devem ser costuradas e isso pode ser feito com uma faca de serra ou qualquer objeto que produza este tipo de textura. Esta textura ajuda na colagem das duas partes. A colagem acontece com o uso de barbotina que ajuda na fixação das duas partes (barbotina é uma argila com consistência pastosa). Por fim, faça um pequeno orifício que transpasse a parede até o interior da peça, pode ser pequeno mesmo.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cerâmica: Técnica dos Rolinhos

Os vasos geralmentes são feitos com a ajuda de um torno cerâmico. Os indigenas que viviam no Brasil antes de Pedro Alvares Cabral chegar, não conheciam o torno. Através da técnica de fazer rolinhos, foi possivel fabricar seus próprios vasos. Apesar de ser uma técnica muito primitiva, ainda é usada nos dias de hoje. Um ceramista experiente nos rolinhos, consegue criar vasos incriveis. Além de vasos, também é possivel fazer garrafas, potes e outras coisas usando esta técnica.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A Cerâmica na História...


É provavel que o homem tenha descoberto a cerãmica ao observar a transformação do barro ao fogo. Imagine que alguém tenha feito uma fogueira e perto desta, tinha um pouco de barro. O barro próximo ao fogo, foi cozinhado aos poucos até se tornar muito resistente. Após ver esta transformação, pode ter percebido que poderia criar objetos que lhe poderia ser útil.
Foi em 7000 a.c. que os homens aprenderam a cozinhar a argila no fogo para fazer a cerâmica. Agora além de cestas de vime, era possível fazer moringas e jarros resistentes. Os alimentos podiam ser cozidos em panelas. A água podia ser transportada pra outros lugares. E logo os artesões procuraram fazer vasos com formas e desenhos bonitos, porque a arte e o trabalho andavam de mãos dadas.
As rodas também eram utilizadas pelos oleiros (artesãos que trabalham com argila) para girar velozmente o barro e fazer belos vasos e moringas com base perfeitamente redonda.
Para se defenderem dos ataques inimigos, a pessoas faziam suas casas próximas umas das outras e levantavam muros de barro cozido. Daí foram erguidas as primeiras cidades.
Os primeiros sinais de escrita foram feitas em placas de barro. A escrita era cuneiforme, ou seja, em forma de cunha. com um palitinho, a pessoa cunhava os símbolos na argila ainda macia.
Com sua imaginação sem fim, o ceramista modela e cria na argila. Criando assim, sua própria cultura.



Kyoko Shimizu



Pequena, frágil, com essa modéstia característica dos verdadeiros artistas, que não posam no ângulo perfeito da câmera, kyoko nos deleita com esta nova amostra da sua arte produto de muitos anos de aprendizagem e amor, naqueles que ela soube interpretar o majestoso silencio da nossa natureza.

E que melhor cenário que o nosso país carregado de telúricas mensagens para aqueles que “sabe olhar e sentir”. Kyoko sente a “respiração em seus frutos, nas suas criaturas, na sua cerâmica toda”. Ela transcende a simples contemplação e se faz dona do espírito da nossa tradição para sonhar com ela, para difundir-se em seu sopro criativo e instaurar um novo equilíbrio entre seu ser e a natureza.

Imagino kyoko com suas pequenas mãos recriando a vida dos nossos antigos Vicús, o barro deslizando-se dócil adquirindo formas, texturas e cores. Kyoko não se detêm. Ela busca a perfeição, o retrato exato de não sabemos que misteriosa imagem que já esta impressa no seu espírito e que ao nascer se torna uma.

O curso sinuoso de nossos rios, as alturas e baixadas de nossas montanhas, as cores de nosso céu com suas espessas nuvens, transitam na obra de kyoko,viva, intactas. O tempo não existe, o ontem, o hoje e o amanhã se estreitam num abraço respeitoso, a artista com essa peculiar visão que tem os verdadeiros criadores, lhes busca acomodação, os entrelaça criando um mundo paralelo onde nos conta a história de um espaço mágico.

Entre traços firmes e evocações respeitosas esta artista japonesa consegue ingressar no mistério da terra, furta suas cores, as transforma. Nascem suas criaturas e kyoko com simplicidade sem pressa nos entrega como uma homenagem silenciosa este nosso Peru que só pode dizer-lhe: obrigado kyoko por tuas mãos privilegiadas por tua sensibilidade, por amar a nossa terra e ter sabido apreciar sua beleza.



Otilia Navarrete

Escritora

Lima 2007.



sábado, 29 de agosto de 2009

Maneno Juárez

5000 anos atrás, antes que as idéias européias chegassem a América, existiam muitas Culturas que constituiam uma população superior a 50 milhoes de habitantes; eram povos que apesar das distâncias se comunicavam intensamente.
Estas culturas ameríndias eram donas de conhecimentos superiores, expressões plásticas muito elaboradas, suas vidas se desenvolviam em profunda relação com seu entorno e em intimo diálogo com o Cosmos; a natureza era sua maior fonte de inspiração.

Maneno Juarez é um de seus descendentes, nascido em Chulucanas no departamento de Piura norte do Peru. Influenciado desde muito pequeno por parentes e vizinhos cresce numa comunidade de ceramistas.Na sua localidade de origem descobrem formas... no frio,nos morros,na vegetação,na fauna,nas estrelas,na noite,na lua,o sol,o vento e ... se relaciona intensamente com a argila.
É atraves da argila que Maneno estabelece uma relação profunda com a PACHAMAMA(Mãe terra) e desenvolve sua sensibilidade na modelagem, busca sua expressão própria,se sente provocado a indagar caminhos para entender suas raizes, enriquece seus conhecimentos estudando as técnicas ancestrais herdadas das duas Culturas que mais influenciaram os Ceramistas da sua Região:
A Cultura VICUS(500A.C) e a Cultura TALLAN(1500 D.C).
Estas Culturas só foram descobertas e estudadas a partir do ano de 1960.

Desde os 15 anos expõe suas Obras que são o resultado deste trajeto, fruto de uma inspiração que aflora de maneira tão exuberante que a necessidade de criar o leva constantemente a evolucionar através de etapas mais elevadas da cerâmica, com uma técnica impecável e bela.
A obra de Maneno esta empregnada de respeito pela natureza e pelos conhecimentos herdados de seus ancestros. Seu trabalho é totalmente manual, sua expressão plástica esta cheia de sonhos, simbolismos,visões, imaginação,paixão e espiritualidade. Seu afã por fazer conhecer a sua arte,por conhecer outras culturas e suas expressões artísticas o leva a descobrir novos horizontes, a conhecer o mundo de outros povos.
A linguagem da sua obra esta intimamente ligada com o cosmos a natureza e o mundo. Sua expressão é esperançosa, transcede todas as desigualdades de um mundo globalizado transmitindo muita força e energia vital.
Rendo homenagem a sua arte e a tantos ameríndios como o que deu uma maneira anônima subrevivem aos ritmos atuais preservando nossas culturas.


Luis Fernando Méndez Pomier
Arquiteto paisajista
Brasil 2007


email: artemaneno@gmail.com


quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sobre a obra de Sílvia Motosi


A obra de Sílvia Motosi é uma presença importante na pintura gaúcha dos últimos vinte anos. Sua obra apresenta características fortemente pessoais que a destacam no grande grupo: originalidade temática, caráter decorativo e imaginário literário plasmados através de uma fatura pictórica densa e colorística com forte caráter gráfico. Uma obra feita discurso e forma - em regime de urgência, sem muito tempo para um acabamento detalhista.
Imaginário pessoal e com forte uso de ironia e/ou crítica caracteriza seus trabalhos e, com relação a sua inserção geracional, é importante assinalar que ela faz parte de um grupo de artistas que trabalhou com materiais pobres. Na pintura poderíamos falar de uma geração PVA/pó xadrez, além dos papelões e tecidos inadequadamente utilizados, esticados de qualquer maneira sobre chassis improvisados. Isso evidencia a fragilidade de uma época de indefinições ou incertezas, no qual o resultado é a quase absoluta despreocupação como estabelecimentos de limites e com a permanência das obras.
Entendo isto como uma reação: um novo humanismo dos anos 80, no qual a idolatria fetichista do dado científico e mecânico foram substituídos pela revalorização do homem por meio do produto mais alto e construtivo que este apresenta: a arte. Uma geração que despertou para o valor e para o sentido (implícitos e explícitos) da arte contra as generalidades, as classificações, a tipologia materialista, o esteticismo abstrato e o moralismo duro e intolerante.
Através do olhar desta artista contemporânea fazemos uma visita original ao domínio das paixões profanas e religiosas, inspirada por uma iconografia culta e organizada por um sistema construtivo arcaico (os polípticos) no qual as pulsões vitais se misturam a uma espécie de frenesi sensorial de símbolos, cores e formas. Um trecho de Roberto Calasso me ocorre agora que olho para estas pinturas. Diz ele que "As figuras do mito vivem muitas vidas e muitas mortes, diversamente das personagens de romances, sempre vinculadas a um só gesto. Mas em cada uma dessas vidas e dessas mortes participam todas as outras e elas ressoam." Juntemos ainda a epígrafe de Santa Teresa de Ávila, que retirei do portofólio da artista, e estamos com dois bons guias para entrar no universo plástico de Sílvia Motosi.


Paulo Gomes
Artísta plástico e curador independente. Doutor em Artes Visuais.



A dor era tão intensa que me fazia gemer, mesmo assim, tão extraordinária que era a doçura desta dor imensa, que eu não podia desejar livrar-me dela. (Santa Teresa de Ávila)

sábado, 18 de julho de 2009

Pintura Rupestre


Nas pinturas rupestres, o homem primitivo utilizava como cores básicas o preto, o vermelho-terra e o ocre. Tais cores eram obtidas a partir de pigmentos naturais, como flores, plantas, sementes e minerais triturados, misturados a um aglutinante, como água ou óleos vegetais, animais e minerais. Essas tintas, obtidas de modo precário, eram usadas ainda para colorir seus corpos, utensílios e armas. sem dúvida, já naquela época, a cor tinha um papel fundamental, não só em função de seu caráter simbólico, uma vez que as sociedades primitivas já atribuíam significados às diferentes cores, como também em virtude da crença no poder mágico das imagens. As cores eram, portanto, utilizadas para enriquecer os rituais religiosos, comemorativos, guerreiros e fúnebres.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Oficina Desenho e Arte

A Oficina Desenhho e Arte é uma oficina de artes plásticas, destinada ao público infanto juvenil. Através do desenho, da pintura e outras formas de manifestações artísticas, a arte serve para tirar crianças e adolescentes da rua, numa forma de recuperar a auto estima dos mesmos. Ministrada por Fabiano Ilha, procura ainda, interagir com a cultura local. mais a ecologia dos ilhéus mostram uma identidade singular

Cristiane B. Medina