quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Argila
sábado, 5 de dezembro de 2009
Cerâmica: Ocagem
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Cerâmica: Técnica dos Rolinhos
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
A Cerâmica na História...
É provavel que o homem tenha descoberto a cerãmica ao observar a transformação do barro ao fogo. Imagine que alguém tenha feito uma fogueira e perto desta, tinha um pouco de barro. O barro próximo ao fogo, foi cozinhado aos poucos até se tornar muito resistente. Após ver esta transformação, pode ter percebido que poderia criar objetos que lhe poderia ser útil.
Foi em
As rodas também eram utilizadas pelos oleiros (artesãos que trabalham com argila) para girar velozmente o barro e fazer belos vasos e moringas com base perfeitamente redonda.
Para se defenderem dos ataques inimigos, a pessoas faziam suas casas próximas umas das outras e levantavam muros de barro cozido. Daí foram erguidas as primeiras cidades.
Os primeiros sinais de escrita foram feitas em placas de barro. A escrita era cuneiforme, ou seja, em forma de cunha. com um palitinho, a pessoa cunhava os símbolos na argila ainda macia.
Com sua imaginação sem fim, o ceramista modela e cria na argila. Criando assim, sua própria cultura.
Kyoko Shimizu
Pequena, frágil, com essa modéstia característica dos verdadeiros artistas, que não posam no ângulo perfeito da câmera, kyoko nos deleita com esta nova amostra da sua arte produto de muitos anos de aprendizagem e amor, naqueles que ela soube interpretar o majestoso silencio da nossa natureza.
E que melhor cenário que o nosso país carregado de telúricas mensagens para aqueles que “sabe olhar e sentir”. Kyoko sente a “respiração em seus frutos, nas suas criaturas, na sua cerâmica toda”. Ela transcende a simples contemplação e se faz dona do espírito da nossa tradição para sonhar com ela, para difundir-se em seu sopro criativo e instaurar um novo equilíbrio entre seu ser e a natureza.
Imagino kyoko com suas pequenas mãos recriando a vida dos nossos antigos Vicús, o barro deslizando-se dócil adquirindo formas, texturas e cores. Kyoko não se detêm. Ela busca a perfeição, o retrato exato de não sabemos que misteriosa imagem que já esta impressa no seu espírito e que ao nascer se torna uma.
O curso sinuoso de nossos rios, as alturas e baixadas de nossas montanhas, as cores de nosso céu com suas espessas nuvens, transitam na obra de kyoko,viva, intactas. O tempo não existe, o ontem, o hoje e o amanhã se estreitam num abraço respeitoso, a artista com essa peculiar visão que tem os verdadeiros criadores, lhes busca acomodação, os entrelaça criando um mundo paralelo onde nos conta a história de um espaço mágico.
Entre traços firmes e evocações respeitosas esta artista japonesa consegue ingressar no mistério da terra, furta suas cores, as transforma. Nascem suas criaturas e kyoko com simplicidade sem pressa nos entrega como uma homenagem silenciosa este nosso Peru que só pode dizer-lhe: obrigado kyoko por tuas mãos privilegiadas por tua sensibilidade, por amar a nossa terra e ter sabido apreciar sua beleza.
Otilia Navarrete
Escritora
Lima 2007.
sábado, 29 de agosto de 2009
Maneno Juárez
Estas culturas ameríndias eram donas de conhecimentos superiores, expressões plásticas muito elaboradas, suas vidas se desenvolviam em profunda relação com seu entorno e em intimo diálogo com o Cosmos; a natureza era sua maior fonte de inspiração.
Maneno Juarez é um de seus descendentes, nascido em Chulucanas no departamento de Piura norte do Peru. Influenciado desde muito pequeno por parentes e vizinhos cresce numa comunidade de ceramistas.Na sua localidade de origem descobrem formas... no frio,nos morros,na vegetação,na fauna,nas estrelas,na noite,na lua,o sol,o vento e ... se relaciona intensamente com a argila.
É atraves da argila que Maneno estabelece uma relação profunda com a PACHAMAMA(Mãe terra) e desenvolve sua sensibilidade na modelagem, busca sua expressão própria,se sente provocado a indagar caminhos para entender suas raizes, enriquece seus conhecimentos estudando as técnicas ancestrais herdadas das duas Culturas que mais influenciaram os Ceramistas da sua Região:
A Cultura VICUS(500A.C) e a Cultura TALLAN(1500 D.C).
Estas Culturas só foram descobertas e estudadas a partir do ano de 1960.
Desde os 15 anos expõe suas Obras que são o resultado deste trajeto, fruto de uma inspiração que aflora de maneira tão exuberante que a necessidade de criar o leva constantemente a evolucionar através de etapas mais elevadas da cerâmica, com uma técnica impecável e bela.
A obra de Maneno esta empregnada de respeito pela natureza e pelos conhecimentos herdados de seus ancestros. Seu trabalho é totalmente manual, sua expressão plástica esta cheia de sonhos, simbolismos,visões, imaginação,paixão e espiritualidade. Seu afã por fazer conhecer a sua arte,por conhecer outras culturas e suas expressões artísticas o leva a descobrir novos horizontes, a conhecer o mundo de outros povos.
A linguagem da sua obra esta intimamente ligada com o cosmos a natureza e o mundo. Sua expressão é esperançosa, transcede todas as desigualdades de um mundo globalizado transmitindo muita força e energia vital.
Rendo homenagem a sua arte e a tantos ameríndios como o que deu uma maneira anônima subrevivem aos ritmos atuais preservando nossas culturas.
Luis Fernando Méndez Pomier
Arquiteto paisajista
Brasil 2007
email: artemaneno@gmail.com
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Sobre a obra de Sílvia Motosi
Imaginário pessoal e com forte uso de ironia e/ou crítica caracteriza seus trabalhos e, com relação a sua inserção geracional, é importante assinalar que ela faz parte de um grupo de artistas que trabalhou com materiais pobres. Na pintura poderíamos falar de uma geração PVA/pó xadrez, além dos papelões e tecidos inadequadamente utilizados, esticados de qualquer maneira sobre chassis improvisados. Isso evidencia a fragilidade de uma época de indefinições ou incertezas, no qual o resultado é a quase absoluta despreocupação como estabelecimentos de limites e com a permanência das obras.
Entendo isto como uma reação: um novo humanismo dos anos 80, no qual a idolatria fetichista do dado científico e mecânico foram substituídos pela revalorização do homem por meio do produto mais alto e construtivo que este apresenta: a arte. Uma geração que despertou para o valor e para o sentido (implícitos e explícitos) da arte contra as generalidades, as classificações, a tipologia materialista, o esteticismo abstrato e o moralismo duro e intolerante.
Através do olhar desta artista contemporânea fazemos uma visita original ao domínio das paixões profanas e religiosas, inspirada por uma iconografia culta e organizada por um sistema construtivo arcaico (os polípticos) no qual as pulsões vitais se misturam a uma espécie de frenesi sensorial de símbolos, cores e formas. Um trecho de Roberto Calasso me ocorre agora que olho para estas pinturas. Diz ele que "As figuras do mito vivem muitas vidas e muitas mortes, diversamente das personagens de romances, sempre vinculadas a um só gesto. Mas em cada uma dessas vidas e dessas mortes participam todas as outras e elas ressoam." Juntemos ainda a epígrafe de Santa Teresa de Ávila, que retirei do portofólio da artista, e estamos com dois bons guias para entrar no universo plástico de Sílvia Motosi.
Paulo Gomes
Artísta plástico e curador independente. Doutor em Artes Visuais.
A dor era tão intensa que me fazia gemer, mesmo assim, tão extraordinária que era a doçura desta dor imensa, que eu não podia desejar livrar-me dela. (Santa Teresa de Ávila)
sábado, 18 de julho de 2009
Pintura Rupestre
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Oficina Desenho e Arte
Cristiane B. Medina