sábado, 13 de setembro de 2014

Surrealismo


A realidade de ponta-cabeça



Se você desligar a TV e abrir um livro pode até encontrar uma história assim:"Era uma vez um peixinho vermelho que alçou voo no céu claro de marmelo, enquanto a menina comprava os pirulitos da sua memória..."
Difícil imaginar? Será que imprimiram o texto errado no livro?! Não! Saiba que é justamente este tipo de frase que poderia ter sido escrita por um poeta surrealista!
E quem eram os surrealistas? Eram artistas que buscavam produzir uma manifestação artística espontânea, isto é, não-pensada. Estavam interessados em explorara os mistérios do mundo dos sonhos, das alucinações e da imaginação. Também se destacavam por combinar de inesperada formas e conteúdos para compor cenas de sonhos, sem sentido, pois, para eles, o que contava era a representação de lugares e situações inusitadas. Os surrealistas surgiram em 1924, depois que um psiquiatra austríaco chamado Sigmund Freud (1856-1939) descobriu o inconsciente, ou seja, que tudo aquilo que vivemos fica guardado em nossa mente e pode reaparecer, por exemplo, nos nossos sonhos. Quando sonhamos, podemos nos transportar para uma praia real ou imaginária, cair na água e, se quisermos, permanecer secos. Podemos voar como pássaros e comer biscoitos com heróis que não existem na realidade, como o Super-Homem. Nada disso é estranho quando sonhamos, e tudo parece plausível. São imagens oníricas como estas que compõem a pintura surrealista.





Primeiro Estudo para a Madonna de port Ligar, de Salvador Dalí.











Relógios moles, de Salvador Dalí.






O vale-tudo do surrealismo



A arte surrealista foi estimulada pelo fato de alguns artistas e intelectuais acharem que o homem estava destruindo o mundo com as guerras. Afinal, a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais não foram exatamente boas iniciativas, não é mesmo? Salvador Dalí (1904-1989), René Magritte (1898-1967) e Joan Miró (1893-1983) são alguns dos grandes gênios do surrealismo que exploram as formas livremente. Para conseguir mais liberdade de criação, desenvolveram algumas técnicas, como a "escrita automática", também transposta para o desenho e a pintura. Consistia em transmitir, sem pensar, as palavras (ou as cores e as formas que primeiro viessem à mente, numa livre associação de ideias. A técnica também foi usada por Freud em seus pacientes. Além das artes visuais, o surrealismo manifestou-se na literatura, no teatro e no cinema.










domingo, 7 de setembro de 2014

Artistas Surrealistas

Salvador Dalí


Nasceu na cidade espanhola de Figueres e destacou-se no cenário internacional pelo seu comportamento polêmico. Dedicou-se à pintura e ao cinema com a mesma originalidade. Na pintura, caracterizou-se por combinar objetos de uma forma surrealista, retratando bustos suspensos no ar, por exemplo: Praia com Telefone e Construção mole com ervilhas cozidas são algumas de suas obras com forte conteúdo onírico.




Praia com Telefone





Construção mole com ervilhas cozidas








René Magritte


Desenhista e pintor belga, Magritte combinou em sua obra a técnica acadêmica, tradiconal, eo conteúdo dos sonhos. Sua originalidade se baseava no modo como relacionava os objetos. São dele pinturas em que as nuvens ganham a forma de uma cadeira ou de um torso - Tempo Ameaçador - e em que uma chuva de homens molha a rua, Golconda.




Tempo Ameaçador





Golconda.








Joan Miró


Pintor e desenhista, nasceu em Barcelona, na Espanha. Criou a própria linguagem artística, representando a natureza com muita imaginação. Sua obra é rica em paisagens imaginárias e cenas oníricas e transmite muita espontaneidade nas suas composições elaboradas. São dele o Mural do Sol e o Mural da Lua (1957-1959), em arte cerâmica, exposta no edifício da Unesco, em Paris, frança.






Mural do Sol




Mural da Lua

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Obirici - a escultura da índia desesperada


 A escultura em estilo clássico da Índia Obirici é talvez um dos mais belos monumentos de Porto Alegre. As formas sensuais da Índia encantam pela naturalidade imprimida pelo autor da obra. Com braços erguidos, num gesto desesperom ela suplica a Tupã, que o Deus venha buscá-la. 
  





Lenda

Obirici, por nervosismo, teria perdido um torneio de arco e flecha, cujo prêmio era o amor do Guerreiro Upatã. Triste, ela sentou-se em baixo de uma figueira onde ergueu os braços e chorou até que Tupã a levasse embora. Das lágrimas das Obirici nasceu um pequeno riacho que corria sob areias, entre colinas verdejantes. Com passar dos tempos, as índias que perdiam seus bravos em batalhas iam até o tal riacho buscar consolo nas lágrimas de Obirici.


(Lenda registrada por José Antônio Vale Caldre Fião, 1756, colhida de um Índio chamado Vicente, foragido da guerra dos Sete Povos das Missões)






 A estátua de Obirici fica sob o viaduto de mesmo nome nas confluências das Avenidas Brasiliano Índio de Morais, Plínio Brasil Milano e Assis Brasil.




  
A bela escultura está numa praça obscura, sem iluminação própria, numa posição que impede inclusive que se possa apreciar a expressão facial da Índia.